PACTH WORK E SUA HISTORIA ...Parte 1

Ola. Meninas arteiras. 

Nas minhas pesquisas achei esta matéria bem interessante.
Resolvi trazer elas pra vocês, pois é muito importante sabermos um pouco da história de como surgiu o Pacth Work.

Acompanhem:    Por Paula Piai (blog Ganha mais circulo)


O QUE SIGNIFICA “PATCHWORK”, “QUILT” E “QUILTING”?

Patchwork é uma palavra de origem inglesa, traduzindo:
- Patch: retalhos de tecidos, remendos ou peças. Também chamado de piece.
- Work: trabalho.


Patchwork significa, assim, o trabalho feito a partir de retalhos de tecidos, unidos por meio de técnicas diversas, criando-se vários tipos de desenhos/padronagem.
Em outras palavras, o patchwork é o processo de costurar unindo pedaços (pieces) de tecidos para formar uma peça maior (blocos).
Repetindo-se a sequência de costurar vários blocos (iguais ou diferentes), alcançaremos uma peça maior ainda. Essa peça (contendo vários desenhos em blocos costurados) é conhecida por TOPO (tampo) do quilt.
Ao colocar este topo sobre a manta e o forro, formamos um sanduíche de 3 camadas, denominado quilt.



Quilt é o trabalho finalizado e pronto, composto pelas 3 camadas: topo, manta/enchimento e forro. São colchas, cobre-leitos, almofadas, mantas para sofá, panôs, trilhos de mesa, toalhas e etc… Na foto acima, temos um quilt(colcha).
Quilting é o ato de bordar, à mão ou à máquina, cuja finalidade é unir as 3 camadas de um quilt (topo, manta e forro), além de enriquecer e embelezar o trabalho. A arte de quiltar pode ser feito de duas maneiras:
a) matelassê: é o quilting reto. Nele, obtêm-se quadrados ou losangos. Utiliza-se o walking-foot;
b) free motion quilting ou quilting livre: essa é a forma livre de quiltar. Para tanto, abaixamos os “dentinhos” da máquina e substituímos o seu pé pelo calcador chamado big foot. Isso lhe permitirá uma grande mobilidade para deslizar seu trabalho, formando desenhos. Essa técnica de quiltar é mais complexa e exige muito treino.
Existem professoras-quilters, cujos trabalhos já foram premiados, como Márcia Baraldi, que ministram workshops ensinando o free motion –http://www.marciabaraldi.com.br. No ano passado, fui aluna de Márcia e posso relatar: a professora é maravilhosa, profunda conhecedora da técnica, com excelente didática em sala de aula. Apesar de ainda precisar treinar muiiitoooo, eu amei quiltar! É uma delícia! Como uma dança!


 UM POUCO DA HISTÓRIA DO PATCHWORK
O trabalho manual sempre esteve presente no dia-a-dia dos povos desde seus primórdios. Por meio do artesanato, verificamos as tradições e os costumes regionais de uma época e localidade.
A origem do patchwork e quilt é muito antiga. Existem registros desde 3400 a.C. Sua história nos mostra que a costura e os bordados já estavam presentes nas antigas civilizações do Egito, Pérsia, Índia e China, verificados, principalmente, nos acolchoados (quilts) encontrados nas tumbas de reis e rainhas dessa época, bem como nos desenhos registrados nas pirâmides com faraós usando uma vestimenta similar ao patchwork.
Mas, foi na Europa Ocidental (Inglaterra, Alemanha, França e Itália), durante o século XVI (Cruzadas), que o trabalho do patchwork se desenvolveu mais fortemente. As roupas utilizadas por soldados embaixo das armaduras de ferro eram feitas com restos de tecidos. Nessa época, verifica-se que o patchworktinha um caráter somente utilitário: ou para se usar como roupa ou para se proteger do frio intenso (colchas ou cobertores).
Fugindo das perseguições religiosas que sofriam na Europa, em meados do século XVII, os peregrinos e imigrantes ingleses colonizaram e desbravaram a América do Norte, levando, nas malas, para o Novo Mundo, suas colchas (seus quilts) e a tradição familiar do patchwork.
Estes colonizadores eram extremamente rígidos com suas esposas. Eles somente lhes permitiam sair de casa em 2 situações: para irem à igreja ou para irem às reuniões de quilteiras, chamadas de quilting bees.
Os homens dessa época acreditavam que, se suas mulheres estivessem sempre com “as mãos ocupadas” fazendo colchas, não haveria espaço para maus pensamentos em suas cabeças.
Foi nesse momento da história que o patchwork foi difundido como uma técnica artesanal eminentemente feminina e de tradição familiar, pois asquilting bees eram a única forma de socialização dessas mulheres. Elas passavam horas e horas juntas, conversando, debatendo e transformando os encontros em momentos longos e duradouros de liberdade de expressão, já que a figura masculina não estava presente.
Como as quilteiras permaneciam muitas horas em reunião, a técnica dopatchwork começou a ganhar aperfeiçoamentos. Cada vez que se encontravam, essas mulheres não queriam somente costurar uma simples colcha de retalhos, mas também começavam a estudar e a criar novas técnicas de desenhos e padronagens. Tudo isso para que os trabalhos demorassem mais tempo para finalizar, proporcionando mais horas de socialização das mulheres nas quilting bees.
Os quilts (as colchas) resultantes dessas reuniões expressavam todos os sentimentos mais íntimos, os desejos, as angústias e posições políticas dessas mulheres. Assim, aos poucos, o patchwork e o quilt passaram a ter, além do caráter utilitário que já possuíam, também o caráter decorativo e ornamental

Os quilts eram considerados um retrato da alma dessas mulheres.
Este período da história do patchwork é marcado pela intensa tradição familiar. As técnicas eram transmitidas das avós e mães para suas descendentes desde a infância.
As meninas, antes mesmo de completarem seus 7 aninhos, já eram apresentadas às linhas e costuras. Era comum uma criança aprender a costurar ainda na infância. E, para se casarem, as moças faziam 12 quilts (colchas), uma para cada mês do ano. Já os meninos, ao completarem 21 anos, ganhavam de presente uma colcha (feita pelas mulheres da família), para representar a sua nova liberdade.

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